terça-feira, maio 27, 2008

Resultados da Sondagem Cordiana IX: Concorda com o Acordo Ortográfico?

Em termos práticos, o que muda com a ratificação do Acordo Ortográfico? A resposta encontra-se, com assertividade, AQUI. Mas o que neste post importa interpretar são os resultados da nona Sondagem Cordiana, na qual se questionavam os estimados leitores do Caderno de Corda acerca da sua concordância, ou não, com o Acordo Ortográfico.
Na verdade, a unificação da ortografia significa a alteração de 1,6 por cento do vocabulário português. O vocabulário brasileiro será, no entanto, alterado em apenas 0,45 por cento. Assim reza o Acordo, mas, na prática, a percentagem é ainda muito superior no que toca à língua portuguesa, tanto mais que as palavras visadas são de uso frequente.
Quanto aos votos dos estimados leitores, temos uma esmagadora maioria de defensores da língua mater, ou seja, 15 para três, num total de escassos 18 votos. Posto isto, dos 15 conservadores, oito (44%) consideram inadmissível uma alteração sustentada no desconhecimento generalizado da mesma, como mal menor; três (17%) responderam "não, se a pronúncia de cada país se mantém, porque mudar a ortografia?"; três (17%), também em desacordo com o Acordo, roem-se por dentro face à impossibilidade de o Poll Code, software que gera a sondagem, não permitir a acentuação das palavras - eis o meu voto - e, por fim, um voto (6%) em "não", por razões que, espero, serão expostas na caixa de comentários deste post.
Pela via do "sim", apenas três votos: um (6%) em "sim, a língua portuguesa tem de estar entre as cinco mais faladas do mundo" - uma resposta traiçoeira - e dois (11%) em "sim", por razões que, volto a referir, espero que venham a ser expostas na caixa de comentários. Os resultados podem ainda ser analisados AQUI.
Visto que a problemática do tema foi muito levemente aflorada através das questões colocadas, sugiro aos estimados leitores a abordagem livre do tema sob a forma de comentário.

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terça-feira, maio 13, 2008

Mantém-se aberta a votação na Sondagem Cordiana IX: Concorda com o Acordo Ortográfico? (clique aqui para acesso directo)

Como àparte, e sobre a minha parca assiduidade blogosférica nestes últimos dias, devo notificar os estimados leitores de que me encontro com problemas no PC - isto depois de ter ficado uma semana sem Internet, o que, reitero, à Vodafone e à PT se deveu. Quero assim sublinhar não ser minha intenção manter esta dinâmica descendente, pelo que inverterei o rumo assim me seja tecnicamente possível.

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domingo, abril 13, 2008

Sondagem Cordiana IX: Concorda com o Acordo Ortográfico?

Concorda com o Acordo Ortografico?

Sim. A maior parte das pessoas nao escreve correctamente, pelo que mudar a lingua nao seria grave.

Se as pessoas nao sabem escrever, em vez de se fomentar o ensino da lingua, muda-se?! Nunca!

Sim. A lingua portuguesa tem de estar entre as cinco mais faladas do mundo.

Nao. Se a pronuncia de cada pais se mantem, porque mudar a ortografia?!

Sim, o Acordo esta "otimo"!

Nao - e estou a roer-me por dentro porque o PollCode nao permite acentos nas palavras!...

Sim. Por outras razoes, que exporei na caixa de comentarios.

Nao. Por outras razoes, que exporei na caixa de comentarios.

Nao tenho e nao quero ter opiniao sobre o assunto

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Veja AQUI o que muda, em termos práticos, com a ratificação do Acordo Ortográfico.

À tua, Pinto! ;)

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quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Resultados da Sondagem Cordiana VIII: Lei do Tabaco: os fumadores são alvos passíveis de discriminação ou têm o que merecem?

O tema podia ter-se esbatido entretanto. Uns precisavam mesmo de um incentivo para deixar de fumar; outros descobriram vãos de escada e ventiladores que não imaginavam existir, e ali fizeram amigos de subversão nicotínica. Cafés, restaurantes e centros comerciais perderam clientela - ou a sua ociosa permanência. Mas a situação tem ares de graça, livres do fumo alheio, em atmosfera sem dúvida mais aprazível.
Num total de 35 votos à questão "os fumadores são alvos passíveis de discriminação ou têm o que merecem?", os estimados (e)leitores do Caderno de Corda demonstraram mais uma vez, de modo maioritário, a sua abertura de espírito e respeito pelo outro.
Em três respostas possíveis, destaca-se, com 51% dos votos (18), a resposta "Nim, trata-se de um salto civilizacional, mas a Lei devia contemplar a criação de zonas de fumo". Deduz-se que, respeitando a Lei, os votantes em "Nim" sejam muito provavelmente fumadores, ou não sentiriam a necessidade da criação de zonas de fumo...
Com 31% dos votos (11) em "Sim, os fumadores foram transformados em meliantes olhados de soslaio, sem zonas dignas para fumar", os estimados (e)leitores demonstram um azedume talvez justificado pela inexorável austeridade da minoria votante em "Não, os fins justificam os meios; fumar é um vício dos fracos de espírito", com 17% (6). Há quem diga que os ex-fumadores são os piores... Eu cá, sempre fiz questão de não fumar quando estou a dormir.

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sábado, fevereiro 02, 2008

Recordo os estimados leitores de que se mantém aberta a votação na Sondagem Cordiana VIII (clicar aqui)

terça-feira, janeiro 08, 2008

Sondagem Cordiana VIII: Lei do Tabaco: os fumadores são alvos passíveis de discriminação ou têm o que merecem?

Sim. Os fumadores foram transformados em meliantes olhados de soslaio, sem zonas dignas para fumar
Nao. Os fins justificam os meios. Fumar e um vicio dos fracos de espirito
Nim. Trata-se de um salto civilizacional, mas a lei devia contemplar a criacao de zonas de fumo
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n.b. - Trigo, 33% da culpa deste post é tua. 10% é do Rui Martins. Já o tinha na manga, mas tu pediste para ver. Sabes porquê... ;) Eu preferia não fumar, mas gosto. Há quem goste mais da bengala que da perna. O Maestro Vitorino d'Almeida, por exemplo...

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quarta-feira, outubro 17, 2007

Resultados da Sondagem Cordiana VII: Saramago previu o nascimento de uma "união ibérica" entre Portugal e Espanha. Deveria, ou não, criar-se a Ibéria?

Em dez respostas possíveis à questão "(...) Deveria, ou não, criar-se a Ibéria?", da Sondagem Cordiana VII, prevista por José Saramago, os estimados leitores do Caderno de Corda optaram, no curto total de 22 votos registados, por seis hipóteses de réplica.
Do geral para o particular, verifica-se uma clara maioria desfavorável à criação da Ibéria (79%). De entre as três possibilidades negativas de resposta, destaca-se, com 10 votos (45%), a ideia de que nem com capital em Lisboa a constituição da Ibéria seria um projecto bem recebido pelos portugueses.
O cepticismo dos estimados leitores confirma-se novamente na subscrição das palavras do Presidente da República Cavaco Silva, quando este considerou publicamente a ideia como sendo "absurda” (cinco votos - 23%). No mesmo registo, dois votos (10%) em “Nunca! Nem os espanhóis querem ser espanhóis!” revelam, com sarcasmo q.b., a noção de que o condensado Portugal uno e indivisível é mais doce do que uma Espanha a espaços amarga e dividida.
Recorde-se que o Quinto Império foi uma forma de legitimar o movimento autonomista português, que conseguira o fim da União Ibérica...
Atestando a baixa taxa de participação nesta série das Sondagens Cordianas, a mais votada resposta afirmativa à questão soma apenas três votos (14%): "Sim. Não deixaríamos de falar nem escrever em português e, com 10 milhões de habitantes, teríamos tudo a ganhar." O pragmatismo e a audácia têm destas coisas... Poderia Portugal tornar-se assim, rapidamente, no Estado Ibérico mais representativo e desenvolvido?
Por fim, ex aequo (como eu gostava desta expressão latina, dita frequentemente no decorrer dos "Jogos Sem Fronteiras", da RTP...), duas respostas com apenas um voto (5%) cada. Se, por um lado, com alguma desilusão aparente, há quem creia que sim, que deve criar-se a Ibéria - dado que, tarde ou cedo, acabaremos por integrarmo-nos -, por outro lado, um voto em "Culturalmente nunca nos integraremos, mas política e economicamente sim" demonstra a cedência ao imperativo económico e a esperança depositada na cultura como principal massa de coesão social e de sedimentação da identidade dos povos.
Pela primeira vez revelo o meu voto: “Nunca! Nem os espanhóis querem ser espanhóis!” E não é que é mesmo verdade?

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domingo, setembro 30, 2007

Estimados Leitores: Mantém-se aberta a votação na Sondagem Cordiana VII, uns posts abaixo.

segunda-feira, setembro 24, 2007

Sondagem Cordiana VII: Saramago previu o nascimento de uma "união ibérica" entre Portugal e Espanha. Deveria, ou não, ser criada a Ibéria?

Como diria Cavaco, trata-se de uma ideia absurda;

Sim. Tarde ou cedo, acabaremos por integrarmo-nos, por isso...;

Nunca! Nem os espanhois querem ser espanhois!

Culturalmente, nunca nos integraremos, mas politica e economicamente, sim;

Nao. Trata-se de uma utopia indesejada. Viriam a superficie todos os preconceitos anti-espanhois;

Sim. Nao deixariamos de falar nem escrever em portugues e, com 10 milhoes, teriamos tudo a ganhar;

Nao. Portugal construiu-se sobre uma hiperidentidade nacional que inclui um enorme receio de Espanha;

Sim. Haveria partidos, um parlamento unico e parlamentos proprios das autonomias;

Nao. Nem que a capital seja Lisboa!;

Sim, se a capital for Lisboa.

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sexta-feira, setembro 21, 2007

Resultados da Sondagem Cordiana VI: Os ataques de 11 de Setembro foram perpetrados por Osama Bin Laden ou George Bush?

Tendo constatado a estagnação dos votos na "Sondagem Cordiana VI - Os ataques de 11 de Setembro foram perpetrados por Osama Bin Laden ou George Bush?", não é tarde nem cedo para se fechar em definitivo a urna e avançarem-se resultados.
Pois bem, tendo os estimados leitores visto, ou não, o documentário "Loose Change", os resultados são esmagadores: o presidente dos EUA George W. Bush é, para a maior parte dos leitores do Caderno de Corda (81% - 25 votos), senão o responsável; um dos principais responsáveis pelos ataques às Torres Gémeas de Nova Iorque no dia 11 de Setembro de 2001. Note-se, no entanto, uma percentagem de 19% (6 votos) do total de votos (31) que indica alguma credulidade face à estória contada pela administração Bush.
Ainda sobre o tema, clique-se AQUI1, AQUI2, AQUI3 ou AQUI4.

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quinta-feira, setembro 13, 2007


Recomendo novamente aos estimados leitores a visualização do filme "Loose Change" (AQUI), sobre o qual escrevi já diversas vezes em momentos oportunos, facto que fez correr muita tinta, inclusivamente em virtude do plágio de que este blogue foi alvo pela parte da RTP.

AQUI poderão ler um texto jornalístico que escrevi a propósito da reacção observada em Portugal face à transmissão do filme em ambos os canais da RTP, em Setembro do ano passado.
Vejam o filme. Façam perguntas. Exijam respostas.

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terça-feira, setembro 11, 2007

Sondagem Cordiana VI: Os ataques de 11 de Setembro foram perpetrados por Osama Bin Laden ou George Bush?

Osama Bin Laden
George W. Bush
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segunda-feira, setembro 10, 2007

Pedem-se sugestões para o tema a debater na próxima Sondagem Cordiana. Façam os estimados leitores uso da palavra na caixa de comentários deste post.

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segunda-feira, junho 18, 2007

Resultados da Sondagem Cordiana V: Portugal precisa de uma nova Revolução?

Chegado finalmente o tempo de analisar os resultados da votação na "Sondagem Cordiana V: Portugal precisa de uma nova Revolução?", comecemos pelo óbvio: Em 52 votos totais para 11 respostas possíveis de três tendências dominantes (afirmativa, contrária e "branca"), a maioria absoluta (55%) inclina-se para a ideia de que "Sim", o País precisa mesmo de um abanão. Mas não nos esqueçamos de que a Revolução deve permanecê-lo... Já lá vamos.
Assim sendo, dos 28 votos (55%) "revolucionários", 18 recaíram sobre a resposta "Sim, e temos o dever de utilizar as Novas Tecnologias de Informação para difundi-la" [n.d.r -a Revolução]. Esta foi, aliás, a resposta mais escolhida, correspondendo a uma percentagem de 35% do total. Ainda pela tendência afirmativa, registam-se seis votos (12%) em simplesmente "Sim", demonstrando que, independentemente das opções apresentadas, o propósito da mudança de rumo urgente é mais largo do que a estrada ou o traçado. Talvez porque é sempre necessário um português para que lhe sigam mais dois ou três (o que, dito assim, não poderia ser logicamente de outra forma), foram precisamente três (6%) os votos em "Sim, se todos nos unirmos por uma causa". De qualquer modo, metendo a minha colherada, atomizados como estamos nas grandes urbes, separados pelo trânsito, pela hora de ponta, pelo stress, pelo excesso, e até, diria, pelos telemóveis, como propagar uma ideia que nos una senão pelo uso das Novas Tecnologias de Comunicação - os blogues, por exemplo? Assinale-se ainda um voto solitário (2%) em "Sim, desde que em conformidade com outros países da UE" - a meu ver, uma resposta extremamente traiçoeira, visto ser a UE um sulco federativo inevitável na soberania nacional (e) popular, se me permitem a expressão tosca.
Adiante, pela perspectiva contrária ao inquirido, 10 votos (19%) somam o total genérico pela tendência do "Não". Com sete votos (13%), a resposta "Não, depois da primeira experiência, está visto que uma segunda não traria nada de bom" indicia talvez a profunda desilusão pelo que da "Revolução dos Cravos" resultou, sendo certo que os privilégios e as desigualdades se nos apresentam tão ou mais notórios que antes. No entanto, o mesmo erro não deve cometer-se duas vezes. Que o 25 de Abril de '74 tenha sido uma experiência ainda assim válida, identificados seus erros e, quem sabe, corrigidos um dia por empirismo e síntese dialéctica. Em terra de cegos...
Dois votos (4%) recaíram sobre a simplicidade do "Não" e apenas um (2%) na hipótese "Não, o povo não tem a mesma consciência política nem ideais revolucionários". Temos assim um não categórico, à semelhança dos desiludidos com o pós-25 de Abril, com um travo reaccionário ainda latente, como o pulsar do cão amestrado que não sabe senão fazer o que lhe pedem a troco de comida. Eis o espelho de muitos portugueses - projecção de si mesmos - aguado no fundo de um pires de tremoços, iguaria das iguarias enquanto não servirem camarão a acompanhar a mini.
Por fim, mas não de somenos importância, registam-se 14 votos (27%) na resposta "Voto em branco (o da lucidez...)", uma alusão óbvia à obra literária "Ensaio Sobre a Lucidez", de José Saramago, na qual se narra uma estória insólita mas extremamente interessante: Numa cidade - Lisboa, supõe-se -, capital de um país, em dia de eleições, 70% dos eleitores, cansados com a política vigente, votam em branco. Repetidas as eleições no domingo seguinte, o número de votos em branco ultrapassa os 80%. Receoso e desconfiado, o governo, ao invés de se interrogar sobre os motivos dos eleitores, desencadeia uma vasta operação policial para descobrir qual o foco infeccioso que está a minar a sua base política e eliminá-lo. É assim que se desencadeia um processo de ruptura violenta entre o poder político e o povo, cujos interesses aquele deve supostamente servir e não afrontar. Parafraseando a sinopse da Editorial Caminho, "Ensaio sobre a Lucidez (...) constitui uma representação realista e dramática da grande questão das democracias no mundo de hoje: serão elas verdadeiramente democráticas? Representarão nelas os cidadãos, os eleitores, um papel real, e não apenas meramente formal?"
A terminar, penso novamente em como seria interessante assistir a autárquicas brancas...

"A revolução, se quiser resistir, deve permanecer revolução. Se se transforma em governo, já está falida... Os lugares que deixaram de ter uma revolução permanente recuperaram a tirania."

in "Aprire il fuoco", L. Bianciardi (1922-1971)

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quarta-feira, maio 09, 2007

Está aberta a votação na "Sondagem Cordiana V: Portugal precisa de uma nova Revolução?" (clique aqui para acesso directo)

quinta-feira, maio 03, 2007

Com um pé numa galera e outro no fundo do mar...

terça-feira, maio 01, 2007

Sondagem Cordiana V: Portugal precisa de uma nova Revolução?

Sim

Nao

Sim, desde que em conformidade com outros paises da UE

Nao, ate porque integramos a UE

Sim, pela distribuicao equitativa e justa de riqueza e oportunidades

Nao, ou o pais mergulha no caos sem um plano

Sim, se todos nos unirmos por uma causa

Nao. O povo nao tem a mesma consciencia politica nem ideais revolucionarios

Sim, e temos o dever de utilizar as Novas Tecnologias de Informacao para difundi-la

Nao. Depois da primeira experiencia, esta visto que uma segunda nao traria nada de bom

Voto em branco (o da lucidez...)

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terça-feira, abril 17, 2007

Resultados da Sondagem Cordiana IV: Qual o/a maior sacripanta nacional?

Impressionante popularidade eleitoral de Jorge Nuno Pinto da Costa entre os leitores do Caderno de Corda! Em análise superficial, os resultados da Sondagem Cordiana IV revelam que Pinto da Costa alcançou por mérito próprio extraordinário, com exactamente 50% dos votos totais (22 votos em 44), a distinção de "Maior Sacripanta Nacional".
Em segundo lugar, com 10 votos (23%), surge o galhofeiro Alberto João Jardim, seguido por "Santanás" Lopes, com quatro votos (9%).
Fora do pódio dos odiosos odiados (ouro), déspotas boçais (prata) e fraudes humanas (bronze), a partilhar os louros pela quarta posição obtida estão Carlos Silvino, o "Bibi" da Casa Pia, e António Oliveira Salazar, o ditador. Ambos somaram dois votos cada (5%), pelo que não deixa de ser mitigante saber que, pela homologia do resultado da votação dos estimados leitores deste blogue, Salazar está mais ou menos nivelado por "Bibi"...
Com um voto por cabeça (2%) estão nomes jactantes como os de Reinaldo Teles, Fátima Felgueiras, Zé Cabra ou João Vale e Azevedo. Por fim, sem qualquer voto, resta Carlos Cruz - a julgar pela incolumidade do zero infinito, um autêntico menino de coro...
Parece óbvia e generalizada a aversão à identificada ruindade do presidente do clube de futebol que se apoderou do nome da cidade do Porto. Jorge Nuno, o "Papa das Antas", mais uma vez supera por larga vantagem todos os concorrentes directos, o que leva a crer que, caso não sofra consequências pelas malfeitorias praticadas, a já vasta parcela de nós, portugueses, que descrê da Justiça alargar-se-á.
Alberto João Jardim é um bicharoco asqueroso que tresanda à distância, pelo que não surpreende a prata, e "Santanás", o Santana Lopes da alta esfera do glamour parolo raramente político, merecia, convenhamos, um lugar de destaque, não deixando de ser lisongeiro o sobranceiro bronze face a Oliveira Salazar...
Uma coisa é certa: somos um país de tal modo fecundo em sacripantas (e que qualidade!), que a escolha dos estimados leitores terá sido muito dificultada, dada a insuprível e irreprimível vontade paradoxal de votar em todos. Peço desculpa por vos ter apresentado tão complicada e desafiante tarefa. A próxima Sondagem Cordiana será mais light.

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segunda-feira, março 12, 2007

Sondagem Cordiana IV: Qual o/a maior sacripanta nacional?

Qual o maior sacripanta nacional?

Pinto da Costa
Reinaldo Teles
Carlos Silvino (Bibi)
Fatima Felgueiras
Alberto J. Jardim
Oliveira Salazar
Carlos Cruz
Santana Lopes
Ze Cabra
Joao Vale e Azevedo

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Difícil, a escolha, hein?

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domingo, março 04, 2007

Resultados da Sondagem Cordiana III: Concorda com a legalização das drogas leves - descriminalização do consumo e posse privada?

Mais uma vez, após a análise dos resultados da Sondagem Cordiana II, a qual inquiria os estimados leitores acerca da despenalização da interrupção voluntária da gravidez, eis nova observação de dados (AQUI) da Sondagem Cordiana III, desta feita permitindo a emissão de duas conclusões:
  1. A primeira conclusão - a que mais interessa neste particular - é de que é esmagador o desejo de ver legalizadas as drogas leves, a descriminalização do consumo e posse privada. Em 39 votos totais, 38 incidiram no "sim" (97%), restando apenas um "não" para amostra (3%). Quer isto dizer que o "eleitorado" do Caderno de Corda está potencialmente enfastiado com a hipocrisia bacoca de um sistema legal anacrónico que tem de necessariamente fazer uma lavagem profunda, dos pés à cabeça, não esquecendo de desinfectar zonas recônditas do corpo magistrático que ou há muito não vêem luz, ou simplesmente envelheceram no solipsismo caciquista de velhos hábitos - porque a antiguidade ainda é um posto quando se trata de juízes. Mais velhaca se torna a hipocrisia quando a nossa polícia publicita orgulhosamente importantes apreensões de haxixe ou derivados como progressos essenciais no combate ao tráfico e consumo de droga, não se observando semelhante retorno mediático de apreensões de outros tipos de estupefacientes que matam mesmo e destroem famílias. Ainda outro dia ouvi inadvertidamente a conversa indiscreta de um indivíduo desconhecido que dizia para outro, em pleno Bairro Alto: "Até já fumei ganza com o carimbo da PJ! Eles apreendem e depois metem cá fora outra vez..." Com todo o respeito pela Polícia Judiciária (verdade!), assim acontece em Portugal...
  2. A segunda conclusão, decorrente da primeira e da contraposição com a tendência de voto latente na Sondagem Cordiana II, demonstra que os estimados leitores do Caderno de Corda são maioritariamente liberais no sentido tolerante, largo de espírito, generoso, como convém a um homem ou mulher livre.

"A liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis consentem"

in "L' Esprit des Lois", Baron de Montesquieu

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