É com sincera satisfação que noto o surgimento de um número considerável de blogues que brotam das terras férteis de Algés, Cruz Quebrada e Dafundo, onde em tempos também eu criei raízes e amizades que floriram para não mais definhar. Em breve, depois de uma observação mais ou menos aturada deste epifenómeno localizado, novos links serão adicionados à lista do Caderno de Corda. O acto merecerá post cerimonial...
A fechar, para vós, a lírica de Jorge Palma, sempre apropriada:
Nunca É Tarde Para Se Ter Uma Infância Feliz
A gente já não sabe o que há-de fazer com a lua
Gerou-se um curto-circuito no canal telepático
E a caverna clandestina por detrás da cascata
Onde os amantes se entregavam à eternidade
Hoje não passa dum moderno armazém de sucata
.
Existem mil produtos para encher o vazio
Criámos computadores para ampliar a memória
E todos nós temos disfarces para aumentar a confusão
Só não sabemos como fazer o amor durar
O grande enigma continua a dar-nos cabo do coração
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"Olá, a que horas parte o teu comboio?
O meu é às cinco e trinta e três
Ainda falta um bom bocado,
Queres contar-me a tua história?
Espera, deixa-me adivinhar,
Vais recomeçar noutro lado...
Trazes escrito na bagagem
Que a coisa aqui não deu...
Quanto a mim, também me sinto um pouco desenraízado... "
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Também o amor se adapta às leis da economia
Investe-se a curto prazo e reduz-se a energia
E quando o barco vai ao fundo ninguém quer ser culpado
Mas nunca é tarde para se ter uma infância feliz
O cavaleiro solitário ainda sonha acordado
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