sábado, outubro 04, 2008

Ecos da glória em Bollywood

O Caderno de Corda descobriu AQUI, após aturada investigação, que o próximo blockbuster do cinema de Bollywood, a ser rodado neste momento, fará referência à vitória de anteontem do Benfica. Ao que se sabe, o afamado realizador indiano Rajnish Omparkash é um fervoroso benfiquista. Diz-se, inclusivamente, que estava com um olho na transmissão do jogo e outro na objectiva, durante as filmagens, tendo feito questão de inserir esta curta cena numa parte do filme cujo guião havia sido fumado por um assistente de câmara. Rajnish, que tem contactos privilegiados com a direcção do clube da Luz, gastou milhões de rupias na instalação do canal Benfica TV em todos os seus aposentos, gabando-se de ser o "primeiro indiano com o Benfica no coração e em casa".

n.b. - Este post foi republicado sem a inserção do vídeo devido a incompatibilidades com o Firefox.

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sábado, julho 07, 2007

O centro comercial fechou?

Will Ferrell faz de George Bush

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quinta-feira, abril 19, 2007

Good writing is hard work!

domingo, fevereiro 12, 2006

Os cartoons dos cartoons...

Uma segunda vaga de cartoons, desta feita alusivos à reacção àqueles publicados no jornal dinamarquês Jyllands-Posten, já entrou em marcha, sendo certo que órgãos de informação (?!) islâmicos iniciaram também uma verdadeira campanha de injúria utilizando o mesmo "armamento", cujas munições contêm tinta, muita tinta (antes assim)... Descobri aqui coligidos uma série de cartoons (estes, com piada) dos melhores cartoonistas de todo o mundo (onde só falta mesmo o Ricardo Galvão), intitulada Those Muhammad Cartoons... De lá escolhi uns quantos, que hoje publico.
Não a despropósito, ainda há pouco mais de duas semanas o grande caricaturista português Ricardo Galvão me desenhou caricaturalmente, obra que, por acaso, emoldurei ontem. Não me fez mais bonito... Talvez lhe faça uma espera à saída do jornal A BOLA, com um bando de capangas... Não perde pela demora...

Bob Englehart

Stephane Peray

Matt Davies

John Deering

Jeff Stahler

Dario Castillejos

Ingrid Rice

Christo Komarnitski

Signe Wilkinson

Alen Lauzan Falcon

Chip Bok

Cameron Cardow

Signe Wilkinson

Bill Day
*

No mesmo site encontrei ainda cartoons referentes ao atoleiro do Iraque, a Bush ou a Bin Laden. Não resisto publicar uns poucos...

Cameron Cardow

Olle Johansson
David Horsey

Jeff Stahler
*
Divirtam-se!

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sábado, fevereiro 11, 2006

Os cartoons que muitos ainda não viram

Partindo do sensato pressuposto de que nem as acções e intenções da América (ou dos americanos) podem ser deturpadamente confundidas com aquelas da administração Bush; nem as do Islão com as dos chamados radicais árabes, hoje, num acto de coragem assumida, publico os cartoons da discórdia, que alguns já dizem estar na origem da Terceira Guerra Mundial; outros, que são substância de consistência à coisificação da Guerra de Civilizações, para muitos, apocalípticos, o fim do mundo, o dia do juízo final, a derradeira batalha entre o Bem e o Mal - apesar de, do meu ponto de vista, ver dois males em rota de colisão, ambos sob o pretexto - esse sim, sacrílego - do Bem... O despoletado pelos desenhos, que muitos ainda não tiveram oportunidade de ver (os cartoons foram literalmente censurados nos Estados Unidos da América), colocou em xeque, por um lado, a herança das maiores conquistas civilizacionais do Ocidente, a em tempos utópica liberdade de expressão, e por outro, um profundo dogma espiralado concentricamente, tão hipnótico e manipulador quanto a debulhadora americana. A liberdade de expressão e a liberdade da imprensa são as traves mestras de qualquer sociedade democrática. É precisamente o direito de questionar o status quo que permite a uma sociedade desenvolver-se e prosperar. Mas a liberdade de expressão deverá estar sempre aliada à liberdade religiosa e ao respeito entre religiões e culturas.
Publico hoje os cartoons precisamente por e para aqueles que ainda os não viram. Para que saibam exactamente o que levou milhares de pessoas a odiar uma nação, confundida ignorantemente com um mero órgão de comunicação, suas editorias, seus criativos, seus cartoonistas (cartunistas, eu sei); para que possam, depois da reacção gerada, avaliar com conhecimento de causa, pensamento livre, o sucedido. Eu próprio, jornalista, produzo conteúdos. Sou o primeiro a editar-me, o censor-mor do reino do meu corpo, raiano do que em essência sou, e das palavras que a minha mão escreve. Eu não faria aqueles desenhos, mas aceito-os, como aceito a música do Nel Monteiro, igualmente blasfema para a Grande Música. Não os publicaria acaso fosse o editor do jornal Jyllands-Posten. Desconheço o que que se passou, naquele dia, naquela redacção, para que os cartoons se produzissem. Desconheço se influências exteriores houve para que se beliscasse uma zona tão sensível do mundo islâmico. Mas não posso aceitar que, em resultado dos desenhos, se peça a cabeça dos autores. Muito pior, menos posso aceitar que, depois de ver as suas embaixadas destruídas em actos de radicalismo grosseiro, fanatismo tresloucado, o povo ou o governo da Dinamarca deva um pedido de desculpas ao Islão (?!). Um assalto cobarde a uma embaixada é seguramente pior do que uma declaração de guerra. Não gostaria de ser dinamarquês num momento de tensão como este. Tal como os Taliban não têm domínio sobre os cartoonistas dinamarqueses, também o governo dinamarquês o não tem. É precisamente essa a beleza da coisa! Num rodapé noticioso li: «Taliban dão 100 quilos de ouro a quem matar autores dos cartoons.» O primeiro ministro dinamarquês, Anders Fogh Rasmussens, disse, no dia 3 de Fevereiro, a uma assembleia de diplomatas: «Deparamo-nos com um problema, que pode crescer a ponto de se tornar num problema global. Os cartoons foram agora republicados numa quantidade de jornais em toda a Europa e se os protestos nas ruas escalarem mais ainda, poderemos enfrentar repercussões imprevisíveis em todos os países afectados.» Na verdade, os radicais islâmicos fizeram de cartoons inofensivos sem carga noticiosa, sem força de notíca, referência jornalística ou importância, algo de publicação obrigatória. A Europa e o povo europeu não pode ser posto em xeque, sob ameaça de guerra ou sabe-se lá o quê, sem conhecer o motivo. E a Dinamarca não pode pedir desculpa pela emissão de uma opinião livre publicada num jornal europeu. Citando o manifesto Como Uma Liberdade, que circula na Internet, «tal será como pedir desculpa pela Magna Carta, por Erasmo, por Voltaire, por Giordano Bruno, por Galileu, pelo laicismo, pela Revolução Francesa, por Darwin, pelo socialismo, pelo Iluminismo, pela Reforma, pelo feminismo».
Em 1689, John Locke escrevia, na sua Carta sobre a Tolerância, que «a tolerância […] aplica-se ao exercício da liberdade, que não é licença para fazer tudo o que se deseja, mas o direito de obedecer à obrigação, essencial a cada homem, de realizar a sua natureza».
Deixo-vos os cartoons, divulgados aqui.

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quarta-feira, janeiro 25, 2006

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segunda-feira, dezembro 05, 2005

«Quando mija um português...»

O Pinto lá me enviou umas fotos da malta. Esta, tirada em Novembro de 2003, no Alto de Sta. Catarina, junto à casa do Bill, é publicada em homenagem aos Baby Jane. Da esquerda para a direita, João Carlos, Pinto, Tomás, Paulo e eu... «Vamos partir este bar!»

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segunda-feira, novembro 21, 2005

«Todos os animais são iguais»... simplesmente «alguns são mais iguais do que outros»...

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quarta-feira, agosto 24, 2005

quarta-feira, julho 13, 2005

O instinto de Eusébio

Passavam poucos minutos das nove e Jeremias dirigia-se, como habitualmente, ao “Tony das Fintas”, café da esquina. Era hora da bica, injecção final de cafeína. Jeremias trazia vestido o fato de treino novo que a avó Palmira lhe oferecera, indumentária de fins de semana e saídas nocturnas corriqueiras. Ao botar o pé no empedrado, à saída do prédio, Jeremias sentiu o passo amortecido. Sem olhar, que se o tivesse feito, tal não aconteceria, apercebe-se do que acaba de pisar, desata a praguejar e socorre-se de um canteiro próximo para limpar a sola do sapato desafortunado. Enquanto procede à dita operação, levanta a cabeça, olha em redor, e procura o responsável pela obra que, ainda fumegante, indiciava um tempo recente. Nesse instante, os olhos de Jeremias põem-se num cão preso pela trela a um banco de jardim onde, sentados, dois homens de meia-idade discutiam os casos da jornada futebolística. Jeremias renitiu quanto a uma abordagem agressiva. Afinal, que sabia o cão de civismo? Por isso, a sua atenção voltou-se para os dois homens, que parolavam distraidamente. Ambos suspeitos, um deles era responsável pela infâmia inocente do animal. Jeremias dirigiu-se aos homens contendo o seu desagrado e lançou:
- O bicho aliviou-se junto àquela porta?
- O bicho, salvo seja: Eusébio - respondeu com ironia o assumido dono.
- O bicho cagou junto à minha porta! Isto parece a Palestina, está tudo minado, não pode ser! – disse Jeremias, perdendo de vez a paciência.
A discussão prosseguiu num crescendo de entoação até atingir um paroxismo de animosidade que impossibilitava a conversa construtiva. Quando Jeremias, depois de insultada a sua maternidade, se aproxima do homem para o atingir com a sua direita, Eusébio, despertado o instinto fiel e protector, lança-se ferozmente às calças de fato de treino novas, como se não houvesse mundo para além delas. Abocanhou-as até as deixar em farripas e, rábido, ia provando os tornozelos de Jeremias sem palavra do dono, que observava. Jeremias esbracejava tentando manter o equilíbrio, livrar-se do cão, pontapeá-lo sem ortodoxia, mas as calças, essas, já não tinham salvação possível.

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sexta-feira, julho 01, 2005

Hoje não chego a este ponto porque só tomo banho amanhã

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segunda-feira, maio 16, 2005

Luís Afonso, Barba e Cabelo

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Luís Afonso, Humor Ardente...

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sexta-feira, maio 13, 2005

Conversa da treta entre um benfiquista e um sportinguista - Futurologia Parcial

A noite era ainda uma criança. A uma mesa de café, no Bairro Alto, Zé Gato e Fifi, duas antigas glórias do futebol do Cascalheira F.C., disputavam um campeonato seu, cujas normas estatutárias haviam sido definidas num guardanapo, entre imperiais. Zé Gato, benfiquista inveterado, e Fifi, sportinguista céptico, encontravam-se apenas duas ou três vezes por ano – dependendo do calendário futebolístico – para visionar os embates entre os dois colossos de Lisboa. Em suma, era o futebol que os unia, hoje, no passado e sempre.
- Meu caro amigo, devo dizer-te que já não se joga como antigamente – desabafa Fifi, constatando a superioridade do Benfica.
- Estes gajos correm muito. Às vezes parece que se esquecem da bola.
- D' ”A Bola”? – indaga Fifi que, além de ter dificuldades de audição, tinha-as também de entendimento.
- Sim, da bola, pá. No nosso tempo tínhamos uma coisa em mente: marcar e jogar bonito. Estes tipos são muito físicos. E o Mantorras não sai do banco!
- Mas por que carga de água hão-de eles precisar d’ “A Bola”? Só amanhã, no rescaldo...
Zé Gato olha para Fifi, incrédulo, como quem não se quer entregar ao surrealismo da conversa:
- Está explicado. Se a tua filosofia de jogo tiver paralelo na do teu clube, está evidenciada a cabazada que vocês vão levar hoje no bucho. Já sabes: Pelas nossas contas, cada golo são três imperiais. Já bebi duas e ainda me deves quatro.
Como o leitor terá depreendido, obedecendo a aritmética simples, o Benfica já vencia por dois a zero, decorridos apenas 23 minutos de jogo. E continuava Zé Gato, dirigindo-se, desta feita, ao televisor:
- Mete o Mantorras, pá! Mete o menino! A gente quer é espectáculo.
- Espectáculo... – desvaloriza Fifi – Espectáculo eram os cinco violinos... e o Eusébio, pronto! E não há-de haver outro.
- Nós vivemos esse tempo, mas estes miúdos não sabem nada da vida, de sacrifício, de amor à camisola. Mas tenho uma fé neste Mantorras. Repara: tal como o Eusébio, é dotado de uma velocidade, potência e técnica incomparáveis, acrescendo o facto de saber dar valor ao que tem. Este rapaz jogava descalço na rua, pá!
- Tal como o Eusébio. Lá isso é verdade.
- Este miúdo é uma pérola! E tem bom fundo; é mesmo bom rapaz. E olha que isso é importantíssimo no balneário. Bem diz o Mourinho que não quer pop stars na equipa. Imagina um balneário com cinco Maradonas... ou dois! Era o descalabro - disse, sensaborão, tornando um olhar categórico para o sportinguista: - Sabias que o nome Mantorras lhe foi dado na adolescência, depois de uma vez lhe ter caído em cima uma panela de sopa e ter ficado todo queimadinho? Em Angola, Mantorras quer dizer homem queimado, pá.
- Tu és, de facto, um baú de conhecimento...
- E ficou órfão cedo, aos 15 anos, passando a ser responsável pelos três irmãos mais novos. Isto tem muito que se lhe diga. O nosso menino! - solta Zé Gato, emocionado pela repentina escolha do realizador, que fecha uma câmara no olhar felino de Mantorras, impaciente no banco.
- Mas explica-me cá uma coisa: para que raio precisam eles d’ “A Bola”?
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n.b. - É já amanhã, sábado, que o Campeonato se decide, creio. A atenção de um país inteiro desaguará, à mesma hora, no futebol. Benfica vs Sporting, o Porto e o Braga. 19h45. Dedico a singela antevisão ficcionada ou visionária - amanhã o saberemos - do jogo, passada numa tasquinha de esquina, quiçá no Bairro Alto, Travessa da Queimada ao Alecrim, aos meus prezados camaradas! Um abraço e o diabo a 7 no inferno da Luz!
- * -
Post Scriptum: Uma alma de campeão não se produz. Um espítito ganhador não se treina ou ensina. E não são medalhas que formam o carácter daqueles que nunca venceram, nem tão pouco daqueles que se acostumaram a vencer. Independentemente da ideia criada já perto do final deste Campeonato, de que o campeão por sagrar não o será por mérito próprio mas por demérito dos restantes concorrentes ao título, este Benfica, digo-o com muita pena, não tem fibra de campeão. Simão, Nuno Gomes, Petit e Miguel mereciam ser campeões com a camisola encarnada. Os outros (Moreira, Mantorras, Manuel Fernandes, João Pereira, e Cª) ainda têm tempo para se afirmarem e ajudarem o clube, se não se deixarem seduzir por ofertas milionárias vindas de Itália, Espanha ou Inglaterra. Talvez lá sejam campeões, ou talvez, assim, nunca cheguem a sê-lo. Teriam de trazer a faixa de campeão do lado de dentro da camisola e não de fora. Ricardo Rocha - um jogador que sempre apreciei -, nem o incluo no primeiro grupo de jogadores, até porque há duas épocas que demonstra não ter realizado ainda a dimensão do clube que representa. Recordo que R. Rocha tem esperado, no início e no decorrer das duas épocas transactas, uma oportunidade para jogar em Espanha a todo o custo. Relembro ainda uma afirmação sua, a propósito do suposto interesse da Real Sociedad na sua contratação, na qual afirmava um enorme orgulho pelo interesse demonstrado por essoutro "grande clube".
Nem o facto de, jogando fora, o Benfica ter, por vezes, apoio mais acalorado do público do que na Luz, lança a águia para altos vôos que se traduzam em vitórias e superioridade categórica sobre os seus adversários. O 12º jogador do Benfica - não sendo o Mantorras, que é o 9 - é uma força indomável, dedicada e, como tal, merecedora. O 12 do Benfica enche todos os estádios mas não marca golos, ou já seríamos campeões há muito. Até podíamos pôr os júniores a jogar amanhã, se tudo dependesse dos adeptos. Bem, lads, vamos embora pra cima deles com o que temos! Vamos a eles!, que até os comemos! Só com uma vitória categórica amanhã, num jogo de sonho antológico, esta equipa merece ser campeã. Trap, dois pontas-de-lança de início, por favor! Façam história, rapazes!

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